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Guns N’ Roses em São Paulo: Rock Atemporal Reúne Gerações

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Guns N’ Roses em São Paulo demonstrou o poder duradouro do rock nostálgico, mobilizando uma vasta multidão no Allianz Parque. O espetáculo, realizado no último sábado, evidenciou que a catarse coletiva e a memória afetiva são elementos cruciais para explicar a contínua popularidade da banda. Com quase quatro décadas de história e um repertório majoritariamente composto por sucessos consagrados, o grupo liderado por Axl Rose e Slash segue preenchendo grandes arenas, mesmo com pouquíssimos lançamentos inéditos.

O Allianz Parque, tradicionalmente a casa do Palmeiras na capital paulista, estava completamente tomado por fãs ansiosos. O público, que incluía muitos quarentões que tiveram suas juventudes e até aulas de inglês embaladas pelos clássicos do grupo, aguardava a apresentação de Axl Rose, Slash e os demais integrantes para reviver a magia do rock. A energia era palpável, antecipando uma noite de celebração musical e reminiscências.

Guns N’ Roses em São Paulo: Rock Atemporal Reúne Gerações

A atmosfera durante o show do Guns N’ Roses no Allianz Parque foi eletrizante. A plateia cantou em uníssono “Live and Let Die”, transformando o estádio em um coral gigante. A abertura com “Welcome to the Jungle” incendiou o público, um dos pontos altos da apresentação, que marcou uma das cinco datas da atual turnê da banda no Brasil. Outro momento de grande emoção foi a balada “Don’t Cry”, destacada por um solo de guitarra que arrepiou os espectadores, solidificando a reputação da banda por performances memoráveis.

Apesar dos seus mais de 60 anos, Axl Rose exibiu um vigor impressionante no palco. Sua performance foi marcada por movimentos constantes, com o vocalista correndo de um lado para o outro, demonstrando uma energia contagiante. Embora sua voz ocasionalmente não acompanhasse plenamente sua paixão pela canção, seu desejo de cantar, combinado com o entusiasmo da plateia, que ecoava as letras em um coro poderoso, garantiu a efetividade da apresentação. Esse entrosamento entre banda e público foi fundamental para o sucesso do espetáculo.

Slash, com sua icônica pose de estrela do rock, usando a tradicional cartola e óculos Ray-Ban, provou ser tão essencial para a experiência quanto Axl Rose. Sua presença carismática e seu domínio da guitarra são elementos fundamentais para a identidade sonora do Guns N’ Roses. A sonoridade hard rock que caracteriza suas gravações em estúdio ganhou uma inflexão mais bluesy ao vivo, um detalhe que ressaltou as raízes e as influências do rock’n’roll, mostrando a profundidade e a versatilidade musical do guitarrista.

A homenagem às origens do gênero musical foi um aspecto notável do show. A banda incluiu em seu repertório duas faixas do Black Sabbath, dedicando-as a Ozzy Osbourne, que havia falecido recentemente. Essa escolha musical destacou a influência do grupo britânico, que é reconhecido por ter fundado o heavy metal a partir de uma sólida base de blues, evidenciando o respeito e a conexão do Guns N’ Roses com a história do rock. Para mais detalhes sobre a trajetória da banda, pode-se consultar a página oficial do Guns N’ Roses na Wikipédia.

Um dos poucos aspectos que causaram alguma sensação de cansaço durante a longa apresentação foram os solos de guitarra estendidos de Slash. No entanto, é inegável que esses momentos se encaixaram perfeitamente no contexto de um espetáculo que ultrapassou as duas horas e meia de duração, permitindo ao guitarrista explorar toda a sua maestria e técnica, sendo um deleite para os fãs mais dedicados à instrumentação.

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Imagem: www1.folha.uol.com.br

A composição da plateia em São Paulo também foi um fator a ser notado. Chamou a atenção a significativa presença de jovens, incluindo adolescentes e adultos com menos de 30 anos. Essa observação serve como uma clara evidência de que a base de fãs da banda está em constante renovação, atraindo novas gerações. Muitos desses jovens fãs vestiam bandanas vermelhas na cabeça, em uma alusão direta ao estilo icônico de Axl Rose em seus anos de juventude, quando era considerado um símbolo sexual.

Mais cedo, a noite foi aberta pela banda Raimundos. A apresentação do grupo brasileiro, que é um dos mais representativos do rock nacional da década de 1990, teve um início morno. Contudo, a energia da plateia e da banda cresceu à medida que sucessos como “Mulher de Fases”, “Puteiro em João Pessoa” e “Eu Quero Ver o Oco” eram executados. A performance mostrou o impacto duradouro de suas canções mais conhecidas.

Apesar de os Raimundos terem lançado um bom álbum neste ano, intitulado “XXX”, ficou evidente que, ao vivo, apenas as músicas mais famosas da banda conseguiram realmente cativar o público. Digão, que assumiu os vocais após a saída de Rodolfo Abrantes em 2001, fez esforços para animar a plateia, pedindo repetidamente para as pessoas pularem. No entanto, em grande parte do show, esses apelos não surtiram o efeito desejado, reforçando a percepção de que, para algumas bandas, viver do passado pode ser uma tarefa ingrata e, por vezes, melancólica.

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A performance do Guns N’ Roses em São Paulo reforçou a ideia de que a música de qualidade e com forte apelo nostálgico transcende gerações, continuando a ser um poderoso catalisador de grandes eventos e memórias afetivas. Para se manter atualizado sobre os próximos shows e novidades do mundo da música e celebridades, continue acompanhando nossa editoria. Explore mais conteúdos e fique por dentro de tudo o que acontece.

Crédito da imagem: João Perassolo/Folhapress

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