A Geração Z está redefinindo as dinâmicas no trabalho ao integrar, de forma discreta, a inteligência artificial em suas rotinas profissionais. Uma nova pesquisa recente revela que esses jovens colaboradores estão empregando a IA não apenas para tarefas operacionais, mas também para otimizar sua participação em reuniões e, surpreendentemente, para ascender em suas carreiras, conquistando promoções e ganhos salariais significativos.
Um estudo divulgado neste mês pela Software Finder, uma renomada plataforma e base de dados especializada em seleção de softwares, lançou luz sobre essa tendência emergente. A investigação aponta que uma parcela considerável dos entrevistados, precisamente três em cada dez, admitiu ter se ausentado de pelo menos um encontro profissional, confiando integralmente na inteligência artificial para registrar as anotações essenciais.
Geração Z usa IA no trabalho para faltar e ter promoção
Além das ausências pontuais, a pesquisa da Software Finder identificou que 19% dos profissionais que atuam em regime de tempo integral recorrem ativamente a soluções de IA para automatizar a geração de notas de reuniões. Essa abordagem estratégica tem sido vantajosa: colaboradores que usam IA para anotações de reuniões têm 28% mais chance de promoção, contra 15% para os demais, e ganham quase US$ 20 mil a mais anualmente, conforme a pesquisa.
A integração da IA no ambiente de trabalho da Geração Z não se limita apenas a anotações. Ela reflete uma transformação mais ampla na maneira como as tarefas são executadas e como a produtividade é percebida. O impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho global é um tópico de intensa discussão, com especialistas explorando suas vastas implicações em diversas indústrias, como detalhado em análises sobre o impacto da IA nos empregos e na economia.
Contudo, as ferramentas nem sempre são perfeitas. Entre os que faltaram a reuniões confiando nas anotações de IA, 41% admitiram ter perdido contextos importantes não captados pelo software. Isso levanta questões sobre a capacidade da IA de replicar a compreensão humana e as nuances profissionais.
Padrões de Uso da IA por Profissionais da Geração Z
Apesar de a utilização da inteligência artificial para registrar anotações ser observada em diversos segmentos de funcionários, sua predominância varia conforme o modelo de trabalho. Profissionais em regimes híbridos foram os mais propensos a adotar a tecnologia frequentemente, com 26% declarando seu uso contínuo. Trabalhadores remotos vêm em seguida, com 21% de adesão, enquanto apenas 13% dos funcionários que atuam presencialmente fazem uso regular dessas ferramentas.
A análise por setor de atuação também revela disparidades notáveis. Os trabalhadores das áreas de tecnologia e software se destacam como os mais adeptos à IA, com 32% dos entrevistados indicando o uso frequente. Em contrapartida, funcionários do setor governamental apresentaram o menor índice de utilização relatado, com apenas 12% empregando essas ferramentas em suas atividades diárias. Essa diferença pode ser atribuída à natureza das tarefas, à infraestrutura tecnológica disponível ou às políticas internas de cada segmento.
Benefícios Corporativos e Crescente Adoção
No cenário corporativo, a implementação de soluções de anotação com IA tem gerado ganhos de eficiência. Pesquisa da TechBullion aponta que profissionais economizam, em média, cinco horas semanais de documentação manual — cerca de 250 horas anuais por funcionário — liberando tempo para atividades estratégicas.
Além disso, as métricas de participação em reuniões melhoram. O engajamento dos presentes, fazendo perguntas e participando das discussões, aumenta em 40% quando as anotações são delegadas à IA, acelerando os ciclos de tomada de decisão.
Pesquisas mais amplas corroboram a tendência de que os trabalhadores mais jovens estão abraçando a inteligência artificial em uma escala sem precedentes. Dados de um levantamento do Google Workspace realizado em 2024 revelam que impressionantes 93% dos profissionais da Geração Z reportam utilizar duas ou mais ferramentas de IA em suas atividades semanais. Esse dado sublinha a rápida adaptação e a integração natural da tecnologia por essa faixa etária, que a vê como um componente intrínseco de sua produtividade.
A Inquietude da Geração Z Frente à Automação
Em meio aos ganhos, há uma inquietação crescente. Muitos temem que as mesmas ferramentas que impulsionam suas carreiras hoje possam minar a segurança de seus empregos amanhã. Uma pesquisa da D2L revelou que 52% da Geração Z teme ser substituída por alguém com habilidades de IA mais avançadas, contra 33% da Geração X.
O Deutsche Bank, em 2024, descobriu que 24% dos trabalhadores entre 18 e 34 anos classificaram sua preocupação com a perda de emprego em 8 ou mais (escala de 10), enquanto apenas 10% dos com 55 anos ou mais demonstraram essa inquietação.
Líderes empresariais concordam, identificando a Geração Z como a segunda geração mais vulnerável ao deslocamento de empregos por IA, atrás apenas dos millennials. Isso reforça a seriedade das preocupações sobre a automação.
Em suma, enquanto esses jovens profissionais colhem recompensas como visibilidade, salários mais altos e fluxos de trabalho suaves, eles admitem a inquietude sobre o que a automação pode significar para seu valor de carreira e segurança no emprego a longo prazo.
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A relação da Geração Z com a IA no trabalho se desdobra entre inovação e apreensão. A tecnologia impulsiona a eficiência e ascensão, mas a sombra da substituição por máquinas paira sobre a segurança das carreiras. Para mais sobre o futuro do trabalho e da economia, explore nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: 2025 Fortune Media IP Limited


 
						 
						